O terceiro e último dia do julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios, durante a quarta-feira (19), lotou as dependências do plenário do Tribunal de Justiça e os três réus foram condenados durante o “julgamento histórico”, pela execução do estudante Matheus Coutinho Xavier, 20, em abril de 2019, em Campo Grande, decidiu condenar
Jamil Name Filho, 46, foi condenado a mais 23 anos e 6 meses de reclusão, pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de emboscada e porte ilegal de arma. A sentença deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Os jurados também condenaram o ex-guarda municipal Marcelo Rios, 46, e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, 64, apontados como os organizadores da execução. No caso de Olmedo, a condenação também foi por homicídio qualificado, 18 anos, e porte ilegal de arma, 3 anos e 6 meses. A pena foi de 21 anos e 6 meses.
Marcelo Rios foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio qualificado, 3 anos e 6 meses pelo porte ilegal de arma e 1 ano e 6 meses pelo crime de receptação, tornado a pena total em 23 anos.
Somadas as penas, “Jamilzinho” tem 46 anos e 8 meses para cumprir na cadeia. Dono de três outras condenações, ainda em grau de recursos, ele já havia sido sentenciado ao total de 23 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de extorsão armada, formação de organização criminosa e porte ilegal de armas.
A defesa dos três réus informou ao juiz que irá recorrer da decisão.
Audiência
Para a defesa de Jamil Name compareceram os advogados Anderson Lima, de Brasília, Nefi Cordeiro, ex-ministro do STJ e Eugênio Malavasi. Já a defesa de Marcelo Rios foi realizada pelo advogado Márcio Vidal e Luiz Renê Gonçalves. Por fim, a defesa de Vladenilson Olmedo foi realizada pelos advogados Alexandre Barros Padilha, Márcio Sandim e Ewerton Belinatti da Silva.
Os advogados de defesa apostaram em retomar o argumento da falta de provas suspostamente apresentadas pelos promotores, principalmente quanto ao desconhecimento do paradeiro da arma utilizada na morte do estudante, a falta de DNA (ácido desoxirribonucleico) não coletado no veículo incendiado após o ataque e a tortura psicológica vivenciada nas dependências do Garras por Eliane Benites Batalha dos Santos, ex-esposa de Marcelo Rios. Levantando a hipótese de presunção da inocência, eles apostaram no pedido de absolvição dos réus.

Foto: Nilson Figueiredo
Por outro lado, a promotoria formada por Douglas Oldegardo, Moisés Casarotto, Luciana Rabelo e Gerson Araújo, além da assistente de acusação, mãe de Matheus, Cristiane Almeida, destacou que existem provas de sobra que comprovam a culpa de Jamilzinho, Vlad e Rios na morte de Matheus.
Outro ponto reforçando pela acusação foi de que o júri não representa apenas na morte de Matheus, mas também busca dar uma resposta para a sociedade e mostrar o papel desenvolvido pelas autoridades, para a elucidação do caso. Acesse também: Deputado reage e garante que PL tem bons candidatos a 2024
Com informações Michelly Perez, Jornal O Estado de MS
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