Nhanhá e Tiradentes lideram as ocorrências de tráfico de drogas na Capital

Foto:  MARCOS MALUF
Foto: MARCOS MALUF

Nhanhá e Tiradentes lideram as ocorrências de tráfico de drogas na Capital

A DENAR (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) aponta que os bairros Nhanhá e Tiradentes são os bairros de Campo Grande com maior incidência de ocorrências ligadas ao tráfico de drogas. Segundo o delegado titular, Hoffman D’Ávila, a vulnerabilidade acentuada nesses locais favorecem a disseminação do tráfico “formiguinha”, modalidade caracterizada pela venda de pequenas quantidades de entorpecentes.

“A droga não escolhe classe, nem cor, nem raça, mas os bairros mais complexos e vulneráveis tendem a ser mais impactados. Além do tráfico formiguinha, há pessoas em situação de rua, que não têm para onde ir, o que comer ou onde morar”, explicou o delegado. Ele destaca a necessidade de uma ação integrada entre polícia, família, órgãos públicos e organizações da sociedade civil para combater esse problema.

A descriminalização do porte pessoal de maconha, decidida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), também gera impactos na estrutura do tráfico de drogas no Mato Grosso do Sul. Segundo Hoffman, mesmo que um indivíduo seja encontrado com até 40 gramas da substância, ainda pode ser autuado por tráfico, dependendo da avaliação da autoridade policial. “Se o policial identificar que, apesar da quantidade, a droga está sendo utilizada para comercialização, o suspeito será conduzido e apresentado ao delegado de polícia, que avaliará se o caso se trata de consumo pessoal ou tráfico”, afirmou.

O delegado ainda esclareceu que, após a decisão do STF, o porte de maconha para consumo pessoal continua sendo uma infração administrativa, sujeita a sanções como advertência e comparecimento a cursos educativos, sem repercussão penal.

A DENAR reforça a importância de medidas preventivas para coibir o crescimento do tráfico e reduzir o número de usuários, realizando operações frequentes nos bairros mais afetados e promovendo ações educativas junto à população.

Por Ana Cavalcante 

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