Artistas do rock campo-grandense lamentam morte de Rita Lee

Foto: Reprodução/Instagram
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Rita Lee deixa um legado de rainha do rock brasileiro para os artistas campo-grandenses, que lamentam a morte da cantora. O guitarrista da banda Kemp, Maurício Kemp, acompanhava a artista desde criança, no ano de 1974, quando Rita Lee tinha a banda Tutti Frutti. Para ele, Rita Lee foi uma precursora do movimento feminista. “Ela e Gal Costa eram uma das poucas que representavam o rock feminino, ela colocava a ‘boca no trombone’ mesmo, Rita Lee era o rock como tinha que ser”, disse Kemp, que relembrou os hits “Arrombou a Festa 1 e 2” e o disco “Bombom”, músicas consideradas polêmicas e rebeldes.

 Kemp fez questão de relembrar também uma das últimas declarações de Rita Lee. “Ela falou que não queria ser lembrada como a rainha do rock, mas sim como uma ‘senhorinha’ que acorda todos os dias de manhã e toma o seu café normalmente. Mas eu acho que por mais que esse era o desejo dela, ela não consegue, pois para muitos, inclusive para mim, ela será sempre lembrada como a rainha do rock.”

Triste, a cantora e compositora de rock, Jane Jane disse que está sendo um ‘baque’, mas mesmo debilitada, ressalta que Rita Lee lutou muito. “Está sendo um baque. A gente sabe que nossa rainha não ficaria para sempre aqui na terra, pois estava debilitada e sempre foi lutadora, em todos os sentidos”. Jane ainda acrescentou que a cantora se torna uma lenda. “Emplacou muitos sucessos e se temos uma lenda pra representar o rock nacional, Rita Lee é uma delas. Descanse em paz, nossa rainha”. 

O jornalista, radialista e músico Clayton Sales já estava acompanhando o quadro de saúde da cantora, mas disse que mesmo se preparando para uma trágica notícia, é um momento delicado. “Sigo seu perfil no Instagram e procurei saber notícias na imprensa. Logo, eu já estava me preparando para uma possível notícia ruim. Mas, quando ela chega, qualquer preparação cai por terra. Soube há pouco, quando uma outra jornalista pediu uma declaração sobre a Rita. Até torci para ser um daqueles lamentáveis enganos de internet, mas não era. Ainda estou muito triste e vou homenageá-la no meu programa Blues & Derivados na 104 FM, neste sábado”, disse. 

“Espero que o legado que Rita Lee deixa se espelhe nas mulheres que desejam se aventurar no terreno do rock’n’roll, infelizmente, ainda muito dominado pelo machismo. E mais do que isso, que transcenda a música e reforce nas mulheres que o lugar delas é onde elas quiserem”, finaliza, destacando o que considera ser o maior álbum do rock brasileiro: “Fruto Proibido”, de Rita Lee.

Por Livia Bezerra  – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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