O presidente do Sindicato, Demetrio Freitas, afirmou que foi oficialmente comunicado sobre a situação
O Consórcio Guaicurus alertou nesta sexta-feira (05) que pode não conseguir pagar o 13º salário, a folha salarial e despesas como combustível e manutenção da frota devido à falta de recursos, em meio à crise financeira que afeta a operação do transporte coletivo em Campo Grande.
Em nota, o Consórcio informou que enfrenta dificuldades financeiras relacionadas à inadimplência nos repasses pelo poder público, que incluem o vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários.
“A entidade esclarece que a falta de regularização imediata destes pagamentos críticos está ameaçando a continuidade e a qualidade da prestação dos serviços de transporte na capital. A ausência dos repasses não permite o cumprimento de obrigações financeiras essenciais para a manutenção do sistema”, diz o comunicado.
Sem o fluxo de caixa necessário, o Consórcio afirma que não conseguirá pagar a folha salarial, o 13º dos colaboradores e custos básicos como combustível, manutenção da frota e encargos, o que pode comprometer a continuidade do transporte público.
Ao O Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande, Demetrio Freitas, afirmou que foi oficialmente comunicado sobre a situação. “Há uma grande preocupação por parte da entidade em relação aos trabalhadores, cuja subsistência e compromissos financeiros dependem diretamente de seus vencimentos. Esta preocupação se alinha às manifestações já apresentadas pelos próprios trabalhadores junto ao sindicato”, declarou.
Freitas lembra que atrasos em pagamentos, incluindo adiantamento salarial, 13º salário e o pagamento no 5º dia útil, são recorrentes e vêm se repetindo há meses.
Por fim, o presidente ressaltou a posição da entidade diante do cenário. “O sindicato expressa o desejo de evitar a convocação de assembleias para deliberação de atitudes mais drásticas por parte dos trabalhadores, ciente de que tais ações impactam diretamente a população, que depende do serviço de transporte. Contudo, reconhece que a manifestação é, por vezes, o único recurso disponível aos trabalhadores para reivindicar seus direitos”.
Em relação ao poder público, o Governo do Estado informou que não possui relação contratual com o Consórcio Guaicurus e que os repasses referentes ao auxílio no custeio do passe dos estudantes da rede estadual estão em dia.
A Prefeitura de Campo Grande também foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
Por Geane B00eserra
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