Após enfrentar temperaturas elevadas e sucessivas ondas de calor, Mato Grosso do Sul pode ter um leve alívio nos termômetros nos próximos dias. Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, uma frente fria que se forma no litoral do país pode provocar uma queda nas temperaturas entre os dias 11 e 13 de março, reduzindo as máximas de 31ºC para cerca de 28ºC.
A mudança ocorre após um fevereiro marcado por calor extremo e chuvas abaixo da média histórica. Dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) indicam que Sete Quedas, a 468 km de Campo Grande, registrou 37,1°C no último sábado (1º), sendo a cidade mais quente do Estado e a oitava mais quente do Brasil no dia. Porto Murtinho, que já chegou a liderar o ranking nacional em outras ocasiões, também registrou 37°C.
O calor intenso tem sido constante em Mato Grosso do Sul. Em janeiro, Porto Murtinho chegou a marcar 42,1°C no dia 17, enquanto Campo Grande atingiu 36,3°C no dia 10, temperatura 2,2°C acima da média histórica. Além disso, cidades como Dourados e Ponta Porã enfrentaram temperaturas até 7°C acima da média durante a última onda de calor.
O cenário seco também preocupa. Segundo o meteorologista, algumas cidades do leste, sudeste e oeste do estado registraram chuvas muito abaixo do esperado em fevereiro. “Os acumulados deveriam estar em torno de 170 mm, mas ficaram abaixo de 100 mm em diversas localidades”, explicou Abrahão. Para março, a previsão é que o calor continue predominando na primeira quinzena, com chuvas regulares, mas com tendência de redução significativa a partir do dia 15.
Campo Grande deve sentir impacto da frente fria
Na Capital, os termômetros também devem apresentar uma leve queda com a chegada da frente fria. Embora o calor persista nos próximos dias, os Campo-grandenses podem esperar um alívio entre os dias 11 e 13 de março.
Ainda assim, a expectativa é de um mês com temperaturas acima da média e chuvas escassas no Estado. “Março deve continuar quente, mas não tanto quanto fevereiro. A tendência é que a partir da metade do mês, as chuvas diminuam e a seca volte a preocupar”, conclui Abrahão.
Por Roberta Martins