O movimento contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo em Campo Grande segue mobilizando a população. Nesta quinta-feira (6), às 18h, no Terminal Bandeirantes, acontece o 2º Ato pela Revogação do Aumento da Tarifa, parte da campanha #RevogaJá. A ação dá continuidade à manifestação realizada no Terminal Morenão, no dia 30 de janeiro, e busca fortalecer a pressão popular para reverter o aumento.

No primeiro ato, maifestantes levaram cartazes criticando o valor atual da tarifa. Foto: Kadu Bastos
Além dos protestos, o grupo está impulsionando um abaixo-assinado online, lançado por uma vereadora da Capital. O documento já circula nas redes sociais e denuncia os impactos negativos do reajuste para a população.
Primeiro ato reuniu manifestantes no Terminal Morenão
A primeira mobilização ocorreu no Terminal Morenão, reunindo passageiros, lideranças comunitárias e apoiadores da causa. A manifestação foi pacífica e contou com gritos de guerra como “Se a tarifa não abaixar, Campo Grande vai parar!”, entoados pelos participantes para chamar atenção das autoridades. Durante o ato, manifestantes conversaram com usuários do transporte, explicaram os impactos do aumento e incentivaram a adesão ao abaixo-assinado.
Reajuste sem melhorias no transporte
Desde o último dia 26 de janeiro, a passagem de ônibus subiu para R$ 4,95, em decisão aprovada pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e sancionada pela prefeita Adriane Lopes. Para os manifestantes, o aumento é injustificável diante da falta de melhorias no transporte público.
O abaixo-assinado online critica a falta de transparência na definição dos preços e a concessão de subsídios milionários ao Consórcio Guaicurus, que opera o transporte na cidade. O documento destaca problemas estruturais como:
– Preços abusivos e aumentos frequentes, prejudicando trabalhadores e população de baixa renda;
– Falta de acessibilidade, com ônibus sem estrutura adequada para pessoas com deficiência;
– Condições precárias, incluindo veículos com assentos quebrados e ar-condicionado inoperante;
– Impacto ambiental, devido ao uso de ônibus poluentes sem investimentos em tecnologias limpas;
– Falta de participação popular, com decisões tomadas sem ouvir os usuários.
Os organizadores defendem a revogação imediata do aumento e o congelamento da tarifa em R$ 4,75, além da suspensão dos subsídios até que o consórcio apresente melhorias concretas no serviço.
Pressão popular cresce
Com o novo ato no Terminal Bandeirantes, o movimento pretende aumentar a adesão da população e manter a mobilização em outros terminais da cidade nos próximos dias. Além da presença de cidadãos insatisfeitos, a iniciativa conta com o apoio de lideranças comunitárias, parlamentares e organizações sociais.
A meta do grupo é reunir o maior número possível de assinaturas para pressionar as autoridades e impedir novos aumentos sem contrapartida em qualidade no transporte público. A campanha segue ativa nas redes sociais com a tag #RevogaJá.
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