Moradores do Jardim Sayonara estão pedindo socorro para o Poder Público pela falta de segurança na região. A venda e o consumo de drogas deixa os moradores da rua Arthur Marinho, assustados com a falta de policiamento e também sobre a limpeza um terreno baldio, que é o principal esconderijo dos traficantes. O Portal O Estado Online esteve no local na manhã de hoje, conversando com moradores e entendendo a situação que vem se agravando com os passar dos anos. A reportagem deparou com poucas pessoas andando pelas ruas, e muitos olhares desconfiados, até porque ninguém “naquela região é confiável”, disse uma das moradoras.
“Eu mesmo moro nessa região há 29 anos e ninguém nos ajuda. Ao lado da minha casa já morreram três pessoas e o tráfico é quem manda por aqui. A gente mesmo precisa aprender a conviver no meio disso, se não a gente não sobrevive. Se nós não entendermos as regras, seremos os próximos alvos”, disse uma idosa de 60 anos, que preferiu não revelar a sua identidade.
A rua Arthur Marinho fica próximo a Avenida Júlio de Castilhos. Segundo uma outra moradora em que a reportagem conversou, por causa da localidade, o consumo de drogas no local é diário. “O que precisa é limpar esse terreno na frente da nossa residência que é o local predileto para os traficantes venderem e consumirem maconha. A gente mesmo não consegue dormir direito, porque a noite as nossas casas são sempre invadidas. Sempre vem políticos aqui, falam palavras bonitas, mas ninguém faz nada, porque eles somem quando conseguem o que querem. Além dos nossos filhos que não podem ir ao trabalho, a gente não consegue viver em paz por causa dos traficantes que sempre andam por aqui e marcam a nossa casa”, relatou outra moradora de 45 anos, que preferiu não relatar o seu nome pela falta de segurança.

Moradores pedem a limpeza do terrenos para melhorare a segurança deles. Fotos: João Gabriel Vilalba
Outra reclamação dos moradores é a falta de policiamento no local. “Agora pela manhã e a tarde é tranquilo, mas no período da noite, eles somem. Ninguém aparece por aqui e a gente fica na segurança dos traficantes. Se a gente não aprender a conviver dentro das regras deles, seremos os próximos alvos do tráfico “, relatou uma terceira moradora que pediu descrição de sua identidade, com receio de retaliação de vizinhos.