A Petrobras adotou novo sistema de reajuste de preços dos combustíveis, deixando para trás a política da paridade de preço internacional (PPI), que considerava principalmente as cotações do petróleo no mercado global. A mudança incluirá também a análise do mercado local.
Pela regra em vigor desde 2016, o preço desses produtos no mercado interno acompanha as oscilações internacionais, ou seja, não há intervenção do governo para garantir preços menores.
Segundo a nota da Petrobras, a nova estratégia usa duas referências de mercado: 1) O custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação. “Contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”. 2) O valor marginal para a Petrobras, “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.
A Petrobras diz que agora terá mais flexibilidade para praticar preços competitivos, “se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”.
Lula quer ‘abrasileirar’ o preço
A companhia analisa propostas de “abrasileirar” o preço dos combustíveis, conforme defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde a campanha eleitoral. A ideia é criar mecanismos para reduzir o impacto das oscilações internacionais do petróleo nos preços dos postos. Em comunicado no último domingo (14), a Petrobras anunciou a análise desse tema ao longo desta semana.
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