Construção de hospitais representa um ato de coragem, aponta Hélio Peluffo

Hospital
Foto: Divulgação

Secretário de Infraestrutura cita que Dourados deve receber nova unidade, em 2023

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 450 obras em andamento e, dentre elas, está a construção de hospitais em regiões estratégicas do Estado. A afirmação foi feita pelo secretário da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul), Hélio Peluffo, durante entrevista ao “Jornal da Hora”, nesta semana. O objetivo, é “desafogar” Campo Grande. Procurado pelo jornal O Estado, o secretário detalhou sobre o projeto que pretende levar mais qualidade no setor da saúde para a população do interior de Estado.

Em uma análise, conforme o secretário, há mais de 26 anos não se construía hospitais em MS, o que representa um “ato de coragem” do governo passado e do atual, quando o assunto é realizar as construções.

“Há 26 anos não construíam hospital em Mato Grosso do Sul e hoje temos o hospital de Três Lagoas e o Hospital do Trauma (já entregues); e o hospital de Dourados (em construção), nós estamos fazendo o Hospital da Imagem lá, então o morador vai ter todos os exames ao lado do hospital. Isso, sem dúvidas, vai desafogar a Capital”, ressaltou ele.

Peluffo afirma que essas obras aliviariam os hospitais de Campo Grande, que diariamente recebem pacientes de outros municípios, seja pela falta de hospitais, infraestrutura ou de equipamentos hospitalares.

“Com essas construções, muitas famílias vão deixar de pressionar a Capital com o Conesul. Olha o quanto isso é importante. Iremos conter uma parte da demanda e essa vai ficar lá, em Dourados”, afirmou.

Em alinhamento com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), Peluffo afirmou que as obras não são para um futuro distante e que, aos poucos, as entregas vão começar a acontecer.

“Estive com o secretário de Saúde, Maurício Simões, no hospital de Dourados. É uma obra de qualidade, muito bem-feita. Acredito que até o fim deste ano de 2023 estará concluída. Podemos dizer que é uma das obras mais emblemáticas do Estado”, destacou.

Com a construção de hospitais em cada região de Mato Grosso do Sul, muitas famílias passarão a ter atendimentos e especializações mais perto de onde vivem. Conforme já noticiado em edições anteriores do jornal O Estado, MS tem 15 municípios que não possuem hospital, o que gera filas de espera na Capital, devido à alta demanda de encaminhamentos.

Dentre os municípios estão: Bandeirantes, Batayporã, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Japorã, Jaraguari, Ladário, Nioaque, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Taquarussu, Terenos e Paraíso das Águas.

Hospital

Foto: Divulgação

Falta de equipamentos

Enquanto a Capital conta com mais de 890 equipamentos, municípios do interior sofrem sem nenhum. Cidades como Douradina, Eldorado, Nioaque e Paraíso das Águas nem sequer possuem raio X.

Edições anteriores do jornal O Estado apontaram as atuais condições de saúde enfrentadas pela população sul-matogrossense. Sem infraestrutura, recursos necessários ou pela falta de profissionais especializados, um grande problema também assola a população: a falta de equipamentos como máquinas de raio X, ultrassom e outros.

Diante dessa situação, mensalmente, cerca de 300 pacientes deixam suas localidades, em busca de atendimento nos hospitais de Campo Grande.

Em alguns municípios, a situação é precária, referente a equipamentos. Muitos são resumidos em ultrassom, enquanto outros não possuem nem mesmo um equipamento para atender às demandas dos pacientes que residem nas cidades.

Na Capital, o número total de médicos da rede pública para atender à população é de 2.865. Enquanto no interior, os números são muito inferiores.

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *