Detector de metais é alternativa para promover segurança a clientes e funcionários

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Foto: Nilson Figueiredo

Equipamento segue em fase de testes e foi cedido pela Penitenciária Federal de Campo Grande por dois anos

Sete meses após o atentado ocorrido, que resultou na morte do empresário Antônio Caetano de Carvalho, 67, na sede do Procon/MS (Secretaria-Executiva de Proteção e Defesa do Consumidor), instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), durante uma audiência de conciliação, uma nova medida foi tomada para assegurar que crimes como este não se repitam no local – a instalação de detectores de metais.

Para o jornal O Estado, a Polícia Militar confirmou que servidores seguem atuando na unidade, desde o mês de julho, durante todo o expediente de atendimento do órgão, das 7h às 19h, para auxiliar nas medidas de segurança. A presença de profissionais faz parte de convênio firmado com o Ministério Nacional da Justiça e Segurança Pública. Na ocasião, a agência apresentou um diagnóstico de adequações às necessidades de tratamento de riscos da agência.

Em nota enviada ao jornal O Estado, o Procon-MS informou que, nos últimos dois meses, teve sua segurança reforçada com a presença de policiais militares durante todo o período de atendimento em sua sede, na Capital.

“No período, houve ainda a instalação de pórtico detector de metais, cedido por dois anos pela Penitenciária Federal de Campo Grande. O equipamento está em fase de teste, desde 9 de agosto, aguardando a publicação de regulamentação sobre os procedimentos de acesso ao prédio”, destacou a superintendência.

Para quem utiliza os serviços e participa das audiências, como é o caso do senhor Gilvan, de 69 anos, que afirmou que o atendimento no local é bom e que agora a segurança se completa.

“Depois do que aconteceu, a gente fica um pouco apreensivo, mas, os detectores dão uma segurança a mais. Porque não podemos deixar de resolver as questões e sem correr riscos, melhor ainda”, afirmou Gilvan.

Vale destacar ainda que o reforço na segurança ocorre em paralelo à fase preparatória de processo administrativo para a mudança da sede do Procon/MS, em que se buscará qualificar a estrutura de atendimento com a garantia de segurança ao público e aos servidores da instituição.

Atualizações sobre o caso 

O empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros durante uma audiência de conciliação no ProconMS, localizado na rua 13 de Junho, no dia 13 de fevereiro de 2023.

A motivação do crime se deu por conta de uma dívida de R$ 630,00, a respeito da garantia de um motor. O suspeito dos disparos é o subtenente aposentado da Polícia Militar e foi identificado como José Roberto de Souza, que fugiu a pé do local, e só foi preso em 16 de fevereiro, quando se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.

Ao jornal O Estado, a defesa de José Roberto de Souza explicou que a fase de audiências para a coleta dos depoimentos já foi finalizada, e elas ocorreram nos dias 3 de julho, em que foram ouvidas oito testemunhas, sendo seis delas de acusação e duas de defesa do réu e no 25 de agosto, em Campo Grande. “Na semana passada eu juntei os documentos que são próprios do art. 402 do Código de Processo Penal. Agora, o promotor tem 5 dias para apresentar alegações finais e depois a defesa tem o mesmo prazo. Aí vai seguir para o juiz decidir se vai a júri ou não”, disse o advogado José Roberto Rosa, responsável pelo caso.

Por – Camila Farias

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