Dois partidos, PT e PL, passam adotar independência e pode haver mudança da base governista
A nova configuração das bancadas pode determinar a médio prazo a implosão dos blocos que foram criados no início desta Legislatura, pois como PT e PL passam adotar uma posição de independência e com a proximidade de uma reorganização de partidos políticos prevista para o segundo semestre uma nova articulação pode se fazer necessária. Nos bastidores, já se comenta que no máximo até setembro haverá reacomodação e a base de apoio do governador Eduardo Riedel pode ser comprometida.
“Nós queremos ter uma voz mais forte na Assembleia e participar de todas as comissões”, afirmou o deputado Coronel David, líder do PL, e a declaração já foi interpretada como um aviso de que os liberais passarão a ter um posicionamento diferente do alinhamento automático em relação ao Governo do Estado. A filiação de Lucas de Lima no Partido Liberal garantiu ao partido uma bancada com quatro deputados, portanto tendo uma maior representatividade.
Os liberais já estavam reivindicando maior participação desde a eleição da nova Mesa Diretora, quando inclusive Coronel David chegou a se apresentar como candidato à primeira secretaria, só recuando no último momento, mas deixando o recado de que o partido deveria deixar o alinhamento automático. “O PT tem três deputados e faz parte da Mesa, e o PL tem o mesmo número de deputados e está de fora”, chegou a comentar na época o deputado João Henrique Catan, que é, por enquanto, o único filiado ao PL a se declarar como não integrante da base de apoio ao governo Riedel.
Em relação à atuação do Bloco 2, Jamilson Name (PSDB) afirmou que está pensando em ampliar o bloco e para isso espera pela adesão do deputado Lídio Lopes, que atualmente está sem partido. : “Aproveitei a primeira Sessão Ordinária de 2025, para convidar o deputado Lídio Lopes, para compor o bloco conosco, sua vinda agregaria muito ao grupo”, afirmou Jamilson Name, que teve o nome confirmado como líder do Bloco 2 também chamado como G8.
Novas bancadas
Entre os deputados, já existe uma expectativa de que no segundo semestre surja uma configuração partidária com o fim do PSDB no cenário nacional, que hoje conta com a maior bancada e é o partido do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja. Dependendo do rumo a ser seguido pelos tucanos, tudo deve mudar, provocando alterações até mesmo em outras bancadas.
PT
Com relação ao PT, que já estava fora dos dois blocos, assim permanecerá, sendo que, segundo o deputado Pedro Kemp, trata-se de uma posição que mantém o apoio ao governo Riedel. “Por enquanto estamos na base, mas continuamos a manter uma posição de não integrar nenhum dos blocos”, afirmouKemp. Apesar de a bancada manter-se alinhada ao governo, internamente no partido crescem as pressões para que passe a fazer oposição, principalmente se Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja assumirem o comando do PL.
CCJR
Enquanto espera pelas indicações dos partidos dos nomes dos parlamentares para a composição da Comissão de Constituição e Justiça, surgem especulações para a sua nova configuração que agora terá um indicado pelo PL. Dois nomes já são tidos como certos para a Comissão que é a mais importante da Casa, de Paulo Duarte (PSB) e Pedro Caravina (PSDB), que inclusive já declarou querer ser o presidente.
Por Laureano Secundo
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