Com fim de mandatos, PSB e PSDB entram em fase de indefinição em MS

O encerramento dos mandatos das executivas do PSDB e do PSB em Mato Grosso do Sul abriu um período de incerteza sobre o futuro político das duas siglas no Estado. No PSB, a atual direção tem mandato até 31 de dezembro, mas qualquer definição sobre alianças e composição interna depende da executiva nacional. O deputado estadual Paulo Duarte, que já garantiu ser candidato à reeleição à frente do PSB afirma que o partido passa por um impasse nacional, refletido em vários estados.

“A definição vai depender muito do que vai acontecer em Brasília, porque eles não definiram ainda o PSB em nível nacional, qual caminho vai seguir”, explicou. Paulo Duarte reforça que já comunicou à direção nacional sua decisão de caminhar com o governador Eduardo Riedel (PP), mas aguarda um chamado para alinhar estratégias. “Não é nem intenção, é decisão de aqui caminhar com o governador Eduardo Riedel”, disse. A reunião que deve destravar as diretrizes locais está prevista para ocorrer ainda este ano, mas, caso não se concretize, deve ficar para fevereiro de 2026. “Acredito que seja ainda este ano. Porque, se não for, deve ser só em fevereiro”, afirmou.

O parlamentar também confirmou que recebeu convite para migrar ao PSDB, destacando que sua opção partidária dependerá do alinhamento ao projeto de reeleição de Riedel. “Se o PSB não ficar nesse caminho, tenho que buscar uma alternativa e o PSDB é uma delas”, completou.

No PSDB, a indefinição ganhou força com o fim da executiva estadual, cujo mandato termina em 30 de novembro. A nova composição será definida diretamente pela direção nacional, condição que vem sendo reafirmada pelas principais lideranças. O deputado federal Geraldo Resende, presidente interino após a debandada de figuras históricas, como o ex-governador Reinaldo Azambuja, que migrou para o PL, e o próprio Riedel, hoje no PP, afirma trabalhar para indicar nomes que conduzam o processo até março. “Estou trabalhando junto à nacional para indicar uma Executiva que realmente esteja disposta a reconstruir o partido no Estado”, disse.

O deputado estadual Pedro Caravina, que já se dispôs a assumir também defendeu que o comando tucano seja entregue a alguém comprometido com o fortalecimento da sigla. “O presidente tem que ser alguém que queira permanecer no partido e trabalhar para reorganizá-lo. O PSDB ainda é forte, tem musculatura”, afirmou. Beto Pereira, deputado federal, destacou que a decisão final cabe ao presidente nacional Marconi Perillo.

 

Por Carol Chaves

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